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domingo, 27 de julho de 2008

QUEM DIRÁ?

Quantos anos se passaram?
Quantas pedras se desfizeram?
E esse barulho não passa.
Quantos sonhos acabaram?
Quantas vezes despertaram?
E você não está.

Quantos dias passarão até você voltar?
Quantos beijos lhe darão?
Quantos me faltarão até eu lhe encontrar?

Eu me perco nessas léguas que nos separam,
nessas vontades desiguais.
Eu não me acho sem a sua presença.
E nada me consola nesse meu mundo vazio.

Esse querer absoluto de que você me leve ou venha comigo,
me encolhe em quatros cantos.
Onde está o meu amor?
Onde estou?
Eu que já confessei o amor maior,
que lhe desejei outro amor melhor,
agora volto atrás nessas palavras.
Quem dirá o que será daqui alguns dias?
Essa mente presa de um bicho solto.
Bicho. Presa em ti, presa em ti.

Essa saudade de palavras boas,
essa saudade que mora em meu peito não tem asas,
não voa.
Quem dirá quais são os magos que me trarão seu olhar?
Quem dirá onde moram os alquimistas?
E quem dos alquimistas me dará a fórmula do esquecimento?

Será que convence tornar-me franciscano, barbadinho, gregoriano?
Será que rosa roubada faz enternecer?
Será que comove doar quinto aos desvalidos, e me tomar às causas nobres?
Será que impressiona angariar posses e títulos, me tornar burguês?
Será que enlouquecer ainda é um bom remédio?
Quem dirá se o coração ocupar-se-á de tudo isto?
Quem dirá: quando, onde e porque?
Não sei!

As histórias nas mesas de dados,
se reiniciando,
continuando,
brevemente,
eternamente.
Eis que a tenho: a felicidade.