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domingo, 18 de outubro de 2009

Se...

Se...

Se o sol não nascesse hoje,
é certo que de luz se faz preciso.
Se hoje fosse dia de lua cheia
tanta lua não caberia...
nesse brilho...
nesse sorriso.
Esse jardim que lhe acompanha
tem um quê de paraíso.
Se você não fosse você
não sei de mim o que seria.

sexta-feira, 20 de março de 2009

não sou de ninguém...

Não sou de ninguém...

Ouvia-se dizer em remotos tempos que os opostos se atraem! Filosofia de adeptos dos magnetismos pascais? Provavelmente conclusões adolescentes em caderno de memórias de algum colegial.
Tenho lido muitos autores machistas – leia-se Sócrates, Nietzsche, São Tomas de Aquino e ,pasmo, Schopenhauer - que discursam ligeiramente - para não causar alarde - o quão (irrelevante?) é o papel da mulher no desenvolvimento psicoemocional do homem. De longe sou um machista declarado, embora defenda sim, meus interesses masculinos. Ultimamente não obtive qualquer crescimento emocional –pode-se ler felicidade – com a divisão de espaço e cumplicidade com o sexo oposto, e principalmente no que se diz a respeito das diferenças, ou seja, os opostos quanto mais se diferem, mais se repelem. E me repilo facilmente, sem muitas delongas.
Faz sentido buscar felicidade num campo minado? Um relacionamento com brigas constantes, enfadonhas e principalmente de teor (desimportante?), merece ser exterminado, não é mesmo? Bom, quando ainda há o desejo por dias melhores, confesso que não. Mas e a impotência, a desconfiança, a sensação de que a coisa ainda pode ficar mais feia, conta, e muito. Então, deixa a menina. Somente a mulher consegue tirar de mim a felicidade, aquela felicidadezinha vinda de não sei onde e que chegou em hora oportuna. Um homem, por mais que ofenda e engane não consegue tal feito, por que ao homem outro homem resguarda perdão, porque homem entende homem. Mulher não entende homem e vice-versa, e isso nada tem a ver com quântica, está mais para naturalismo.
Eu me acostumei a fracassar no que diz respeito a relacionamentos. Me acostumei a perder uma grande paixão ora para um nipo-brasileiro, ora para um professor de literatura, ou mesmo para um adolescente 10 anos mais novo que eu. Me acostumei a relacionamentos tão efêmeros quanto um orgasmo, e principalmente aos relacionamentos baseados unicamente em orgasmos. Apenas ainda não me acostumei a ver o barco afundar mesmo quando demonstro sentimento puro e verdadeiro e tento de tudo um pouco para que dê certo, não me acostumei a ouvir declarações sentimentalistas de outrem enquanto todas as ações propõem em final desacordo. E principalmente não me acostumei aos novos donos do mundo, aos orkutinianos, aos novos boçais, aos filhos do Google; aos novos heróis, sugadores de prazer, sem conflitos, sem afetos profundos, que acham que não precisam de ninguém, com um eterno sorriso alegre e congelado no rosto, confiantes que todos se aprisionam ao seu charme.
A característica mais marcante do ser humano é o egoísmo – que se difere do individualismo -, que facilmente é desconsiderado com algum trabalho voluntário de fim-de-semana. Tudo pela consciência tranqüila.
Mas o que mais incomoda é a incerteza, provavelmente mais uma a vez a decepção me tornará um amargurado sem limites, e quando eu conseguir me restaurar e sentir de novo a paz que se faz necessária, ja terei feito um bom estrago pelo caminho...

“Já sei namorar, já sei beijar de língua... Não sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também...”

sábado, 28 de fevereiro de 2009

TEMPORAL



"Se pudesse voltar no tempo
já nao voltaria mais
não que goste desse estar e sofrer
é gostar de viver
é sentir na carne viva o ser
ser, ser sentimental, que se deixa sofrer
veias que transmitem sensações
sensações que transmitem amargor
amargor que nos leva a viver
tempo
estar lá, estar cá
parte de nosso tempo vivemos por viver
tempo nos quais vivemos por esperar
esperar o poder fazer, que se ofusca ao chegar.
tempo, intrigante que nos prende em um constante cotidiano
tempo das estrelas que em pouco tempo
se tornará tempo do sol
e novamente voltará a ser tempo das estrelas
tempo da estradas
que se põe a ser tempo de chegadas
tempo de vendavais que levam tempo
tempo que leva consigo os momentos
momentos que já não passam de lembranças
lembranças que sempre atormentam
Oh doce tormento!"

L. T.