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sexta-feira, 20 de março de 2009

não sou de ninguém...

Não sou de ninguém...

Ouvia-se dizer em remotos tempos que os opostos se atraem! Filosofia de adeptos dos magnetismos pascais? Provavelmente conclusões adolescentes em caderno de memórias de algum colegial.
Tenho lido muitos autores machistas – leia-se Sócrates, Nietzsche, São Tomas de Aquino e ,pasmo, Schopenhauer - que discursam ligeiramente - para não causar alarde - o quão (irrelevante?) é o papel da mulher no desenvolvimento psicoemocional do homem. De longe sou um machista declarado, embora defenda sim, meus interesses masculinos. Ultimamente não obtive qualquer crescimento emocional –pode-se ler felicidade – com a divisão de espaço e cumplicidade com o sexo oposto, e principalmente no que se diz a respeito das diferenças, ou seja, os opostos quanto mais se diferem, mais se repelem. E me repilo facilmente, sem muitas delongas.
Faz sentido buscar felicidade num campo minado? Um relacionamento com brigas constantes, enfadonhas e principalmente de teor (desimportante?), merece ser exterminado, não é mesmo? Bom, quando ainda há o desejo por dias melhores, confesso que não. Mas e a impotência, a desconfiança, a sensação de que a coisa ainda pode ficar mais feia, conta, e muito. Então, deixa a menina. Somente a mulher consegue tirar de mim a felicidade, aquela felicidadezinha vinda de não sei onde e que chegou em hora oportuna. Um homem, por mais que ofenda e engane não consegue tal feito, por que ao homem outro homem resguarda perdão, porque homem entende homem. Mulher não entende homem e vice-versa, e isso nada tem a ver com quântica, está mais para naturalismo.
Eu me acostumei a fracassar no que diz respeito a relacionamentos. Me acostumei a perder uma grande paixão ora para um nipo-brasileiro, ora para um professor de literatura, ou mesmo para um adolescente 10 anos mais novo que eu. Me acostumei a relacionamentos tão efêmeros quanto um orgasmo, e principalmente aos relacionamentos baseados unicamente em orgasmos. Apenas ainda não me acostumei a ver o barco afundar mesmo quando demonstro sentimento puro e verdadeiro e tento de tudo um pouco para que dê certo, não me acostumei a ouvir declarações sentimentalistas de outrem enquanto todas as ações propõem em final desacordo. E principalmente não me acostumei aos novos donos do mundo, aos orkutinianos, aos novos boçais, aos filhos do Google; aos novos heróis, sugadores de prazer, sem conflitos, sem afetos profundos, que acham que não precisam de ninguém, com um eterno sorriso alegre e congelado no rosto, confiantes que todos se aprisionam ao seu charme.
A característica mais marcante do ser humano é o egoísmo – que se difere do individualismo -, que facilmente é desconsiderado com algum trabalho voluntário de fim-de-semana. Tudo pela consciência tranqüila.
Mas o que mais incomoda é a incerteza, provavelmente mais uma a vez a decepção me tornará um amargurado sem limites, e quando eu conseguir me restaurar e sentir de novo a paz que se faz necessária, ja terei feito um bom estrago pelo caminho...

“Já sei namorar, já sei beijar de língua... Não sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também...”

Um comentário:

SúúúH disse...

Perfeitooo²¹³