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sábado, 3 de maio de 2008

IMPOÉTICO - Gilberto P Reis

IMPOÉTICO

Meus versos não têm nexo

Meus versos são fracos

Fracos na ligação mas não na intenção

Minha poesia é ruim, talvez não

Eis a razão de não usar-me de Juiz de Fato:

não sou justo comigo mesmo.

Minha poesia é aérea.

Aérea como os sonhos.

As melhores vêm antes.

Quando estou a sucumbir nos braços de Morpheus.

E se perdem no vale cabal.

Juris et de jure, minha poesia é merda

Mas ainda que seja merreca

É o que me acalma.

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