MESA PARA DOIS
Como-te a carne quente suada salgada
No bafo do forno febril encerrado
Iguaria em óleos essenciais
Denunciando a gulodice o pecado.
Cozinho-te em olhos ferventes
E sinto sua carne vermelha ardente
O rubor o sabor o repasto.
Rega-bofe fausto.
Derrubo-te o molho cálido
E enrolo-me em ti. Uma massa.
Molho e massa, malha e mosso.
Bebo-te o vinho dos lábios
Que escorre os seios o corpo o copo
Sugo-te o néctar o suco a alma
Cheiro o sabor da pele curtida
Em licor de mangaba.
Como-te o doce dos olhos
Do melindroso corpo formosa
A língua molhada cremosa
Que escorre cicio e calda.
Dance Baco dance!
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