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segunda-feira, 31 de março de 2008

TODA SAUDADE É UMA ESPÉCIE DE VELHICE - Gilberto P Reis

TODA SAUDADE É UMA ESPÉCIE DE VELHICE

O nascido já nasce morrendo
[senão natimorto.
Pois cada dia passado
É um dia a menos
E pelo fim esperado.

Sendo a vida simples
Passa rápido como corisco
Cada dia de esperança.

Cada dia é passado.
O passado de hoje é agora
De agora será amanhã.
O de amanhã já é esquecimento.

E como presente e futuro não existem
[o presente é ilusão.
Volvemos ao passado.
Passa-culpas é a vida.
Somos passatempo.

Passacale já não mais toca
Não tocam no nefasto passado
Não tocam no inciso fechado.

E como finda minha cota
De suspiros e aspirações
Pois passado ajunto muito.
Que conservem os brasões.

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