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sábado, 22 de março de 2008

TINHOSA – Gilberto P Reis

TINHOSA – Gilberto P Reis

Que queres tu?
Senão desgraçar-me a razão
Tornar-me um bêbado em dias de novena
Profanar o púlpito de minh’alma?

Que fazes tu?
Senão condenar-me ao lânguido martírio.
Caminhar-me ao lodo viscoso
Por puro prazer profano.

Que pensas tu?
Que deixarei cair-me em desgraças?
E ser levado ao dorso de Argali?
Engana-se, sou anixo,
mas virtuoso às escusas.

Então bruxa mandingueira,
minha´alma não carregas.
Menos meu coração.
Menos meu perdão.

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